Entenda qual a diferença entre manejo de irrigação e sistema de irrigação e veja quais os benefícios desta prática para a sua lavoura
A água desempenha um papel fundamental para todos os setores da sociedade, inclusive para a agricultura.
A disponibilidade de água influencia desde a emergência das plantas até a maturação das frutas e grãos.
No entanto, devido às condições climáticas, alguns locais não possuem um regime de chuva capaz de atender os requisitos hídricos das lavouras ou pomares.
Nessas situações em que as demandas hídricas não são atendidas parcialmente ou totalmente é necessário realizar a irrigação.
Ou seja, a irrigação é a técnica que, a partir de equipamentos e tecnologia, tem o objetivo suprir as necessidades hídricas das plantas, de maneira que não falte nem haja excesso no fornecimento de água.
O manejo da irrigação é a estratégia adotada para determinar o melhor momento, a quantidade ideal e a forma adequada para se aplicar a água na lavoura.
Ou seja, o bom manejo de irrigação te ajuda a entender QUANTO e QUANDO irrigar baseado na demanda hídrica da sua lavoura em cada fase de desenvolvimento das plantas.
Além de aumentar a produtividade agrícola, o manejo de irrigação também busca:
Além disso, há diferentes manejos de irrigação, os principais são:
Já o sistema de irrigação é o conjunto de equipamentos utilizados para realizar a irrigação. Ou seja, os sistemas de irrigação são os equipamentos utilizados para transportar a água até área plantada e disponibilizar para as plantas.
O sistema de irrigação adequado considera principalmente o tipo de solo da lavoura, o relevo da área, a disponibilidade de água da região, o clima predominante e a cultura que será cultivada.
Entre os sistemas de irrigação, 3 tipos se destacam no Brasil:
Independente do manejo de irrigação adotado, é importante considerar as características do solo, da atmosfera, bem como da planta.
Por exemplo, não adianta irrigar a partir de uma alta demanda de água se o solo não conseguir armazenar esse volume e disponibilizá-lo para a planta.
Por outro lado, não adianta considerar a chuva sem considerar a necessidade hídrica da planta no estado de desenvolvimento em que ela se encontra.
Ou ainda, não adianta saber a umidade do solo e não entender se ela é suficiente para manter a disponibilidade adequada por causa da perda de água para a atmosfera.
Assim, os fatores de solo mais importantes para realizar o manejo de irrigação são: a capacidade de armazenamento de água total e a disponibilidade da água no solo.
Ou seja, qual o nível de umidade do solo no qual a água está em Excesso, ou Facilmente Disponível para a planta, ou em Déficit Hídrico, ou não no qual não há água disponível.
Para obter esses fatores é necessário realizar uma análise de solo que determine a Capacidade de Campo e o Ponto de Murcha Permanente.
Dessa forma, com a diferença entre o teor de água no solo na Capacidade do Campo e no Ponto de Murcha Permanente para a profundidade de raiz efetiva se obtém a Capacidade de Água Disponível do solo.
Uma fração dessa capacidade de água disponível total pode ser retirada facilmente pelas raízes.
Essa fração é camada de Água Facilmente Disponível e ela se esgota quando se atinge a umidade crítica da cultura.
Já para a atmosfera é importante saber principalmente sobre o balanço entre a água que é fornecida pela chuva e a que é consumida pela evapotranspiração.
Essa dinâmica da água resulta na variação do armazenamento de água no solo ou da disponibilidade água no solo.
A evapotranspiração é a perda de água para a atmosfera pela combinação da evaporação da água do solo e a transpiração das plantas.
Assim, ao considerar as condições de umidade do solo e a demanda hídrica específica para a fase de desenvolvimento da planta, é possível obter a evapotranspiração real da cultura.
Com relação as plantas, o fator mais importante para se conhecer é a fenologia.
A fenologia da planta é o estudo do desenvolvimento da planta ao longo de suas diferentes etapas, ou seja, da germinação até a maturação.
Assim, conhecendo a fenologia da planta é possível entender o crescimento da raiz e o coeficiente da cultura (Kc), que indica a demanda hídrica da cultura em cada fase de seu desenvolvimento.
Isso é importante porque, em algumas culturas há uma demanda maior de água durante as primeiras semanas de estabelecimento do estante de plantas, em outras é durante a floração ou enchimento de grãos, por exemplo. Ou seja, isso muda de cultura para cultura e ao longo do ciclo de cada uma delas.
Pode ser muito difícil ter o controle de todas as informações necessárias para conseguir calcular com exatidão a demanda hídrica da planta e assim quando e quanto irrigar.
Mas, há soluções para tornar isso muito mais fácil!
O Manejo de Irrigação da BoosterPRO, por exemplo, possibilita essa gestão baseada em dados e disponibiliza as demandas de maneira simples e muito prática.
Assim, com base no microclima da propriedade, no sistema de irrigação, nas características do solo da lavoura e na cultura plantada, a BoosterPRO fornece as informações necessárias para realizar um manejo da irrigação eficiente.
Com o manejo de irrigação da BoosterPRO é possível monitorar a demanda hídrica de cada talhão e isso permite, por exemplo:
Caso queria saber mais detalhes sobre irrigação também pode acessar o e-book de manejo de irrigação da Agrosmart.
Quando se trata de fornecer água à sua lavoura, não basta apenas irrigar. É preciso saber com exatidão QUANDO e QUANTO irrigar, por isso, o manejo de irrigação é tão importante.
Assim, as tecnologias podem ajudar, e muito, no manejo da irrigação, desde à coleta de dados até o processamento e a obtenção de recomendações.
Diferentes sensores, por exemplo, instalados na lavoura ou pomar podem coletar tanto dados do solo (com sensores de umidade de solo), como das condições atmosféricas (através de estações meteorológicas e pluviômetros digitais).
Depois da coleta desses dados, é possível processá-los a partir de algoritmos a fim de realizar os cálculos de estimativas de evapotranspiração e relacioná-los com outras informações. E assim, entender qual a real demanda de água pela planta e, com isso, saber exatamente o QUANTO de água ela precisa e QUANDO ela realmente precisa.
Na prática, isso significa mais eficiência com economia de água e energia, e até mesmo a possibilidade de aumento na produtividade da sua lavoura.
Meteorologista | Equipe BoosterAgro
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