Descubra como os fenômenos El Niño e La Niña afetam as diferentes regiões do Brasil e de que forma isso influencia na produção agropecuária
As condições climáticas e meteorológicas afetam as lavouras diariamente e podem dificultar as atividades agrícolas e comprometer a produção, como também trazer condições favoráveis para o desenvolvimento das culturas.
No entanto, alguns fenômenos podem tornar esse cenário ainda mais complexo, como é o caso do El Niño e a La Niña.
Então, continue a leitura e entenda como estes fenômenos afetam as diferentes regiões do Brasil.
Os fenômenos El Niño e La Niña são padrões climáticos naturais resultantes de interações entre o oceano e a atmosfera.
Assim, os dois envolvem anomalias de temperatura na superfície do oceano e da circulação atmosférica.
Enquanto o El Niño diz respeito ao aquecimento anormal do Oceano Pacífico Equatorial, a La Niña é o inverso, pois, provoca o resfriamento deste oceano.
Em anos de El Niño, ocorre o enfraquecimento dos ventos alísios (os ventos de superfície) na região Equatorial.
Assim, o Oceano Pacífico Equatorial fica mais quente, o que leva à evaporação e à formação de nuvens de chuva.
Além disso, esse fenômeno altera a circulação atmosférica, o que muda os padrões de chuva e temperatura em várias partes do mundo.
Já em anos de La Niña, os ventos de superfície no Pacífico Equatorial ficam mais fortes que o normal, o que causa o resfriamento da maior parte dessa região do oceano.
Isso afeta os padrões de circulação atmosférica, alterando a temperatura e a precipitação em diversas regiões.
Como resultado, o Pacífico Ocidental, Indonésia e Austrália têm um maior volume de chuvas, enquanto na região Centro-Leste do Oceano Pacífico há inibição da formação de nuvens.
A forma como o El Niño afeta o Brasil varia de região para região. Então, veja abaixo um resumo de cada uma delas.
Por ter um efeito maior no inverno e na primavera das regiões Norte e Nordeste do Brasil, o El Niño afeta principalmente as culturas de sequeiro como milho e soja, e a pastagem para a pecuária.
Alguns efeitos no El Niño na agricultura brasileira são, por exemplo:
Além disso, o El Niño exigirá das plantas uma maior capacidade para suportar situações de estresse e, para isso, o balanço nutricional é fundamental.
O fenômeno La Niña também afeta o Brasil de diferentes maneiras. Confira a seguir, o que acontece em cada região.
Isso tudo pode influenciar no desenvolvimento das lavouras, na ocorrência de doenças e em mudanças no calendário de semeadura à colheita.
Isso porque, a La Niña pode provocar, por exemplo:
Para além das variações climáticas observadas ao longo do ano – em função das estações mais secas e mais úmidas – fenômenos como La Niña e El Niño podem afetar de forma significativa os padrões de chuva e temperatura.
E, assim, influenciar na produção agrícola, trazendo excesso chuvas ou estiagem em momentos críticos do desenvolvimento das culturas.
Por isso, monitorar as condições atmosféricas e se manter informado sobre a possibilidade desses eventos é essencial.
Isso porque, mesmo não sendo possível evitá-los, o produtor pode adotar práticas de manejo que ajudem a minimizar o efeito desses fenômenos em sua lavoura.
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