Descubra as vantagens de ter sua lavoura irrigada e conheça os principais tipos de irrigação utilizados no Brasil!
A área total irrigada no Brasil em 2021 é de quase 5,3 milhões de hectares, com potencial de expansão para mais 13,6 milhões de hectares, de acordo com o Atlas Irrigação.
E a importância disso é que a falta de água na agricultura pode levar a sérios prejuízos na produção e resultar, até mesmo, em impactos econômicos!
Isso porque, o déficit hídrico pode levar à quedas de:
Assim, a irrigação nas áreas agrícolas pode ser uma alternativa economicamente viável para garantir a produtividade da sua fazenda.
Então, confira a seguir: o panorama da irrigação no Brasil; os benefícios desta prática para a sua lavoura; e os tipos de irrigação mais comuns.
De acordo com a ANA (Agência Nacional de Águas), estima-se que até 2040 mais de 9,3 milhões de hectares recebam irrigação no Brasil! Isso corresponde a um aumento de 56% frente a 2021.
Além disso, a adoção da irrigação vem ocorrendo, principalmente, devido às mudanças climáticas observadas nas últimas safras, com ocorrência frequente de déficit hídrico em muitas lavouras, o que provocou quedas na produtividade de diversas culturas.
Mas, afinal, quais são as vantagens de se instalar um sistema de irrigação no pomar ou na lavoura?
Confira, abaixo, 7 das principais vantagens do uso da irrigação na agricultura:
Os principais sistemas de irrigação utilizados no Brasil, são: o pivô central, a aspersão, a microaspersão, o gotejamento e sulco camalhão.
Este último vem apresentando resultados animadores, principalmente para produtores de soja da região Sul do Rio Grande do Sul, em áreas de cultivo de arroz irrigado.
Conheça, a seguir, como funcionam os diferentes tipos de irrigação mais utilizados no Brasil!
Este sistema é instalado no centro da área que se pretende irrigar.
Ele é composto por uma torre metálica que serve de base para uma estrutura suspensa que gira em forma circular para irrigar a parte superior da plantação.
Além disso, este sistema é mais comum nas lavouras de grandes culturas como milho, soja, feijão e cana-de-açúcar.
Vantagens da utilização de pivô central:
Desvantagens:
Este sistema de irrigação é composto por uma tubulação e diversos aspersores que ficam distribuídos ao longo da área que se pretende irrigar.
Assim, os aspersores expelem a água no ar fazendo com que a irrigação se pareça com uma precipitação natural.
Vale destacar que, a irrigação por aspersão é mais comum em pastagens, bem como na fruticultura e horticultura realizadas em locais abertos.
Vantagens da irrigação por aspersão:
Desvantagens da aspersão:
Através da pressão a água é aspergida do microaspersor no formato de gotículas, similar à uma névoa.
Assim, além do uso na irrigação de cultivos, também é possível utilizar a microaspersão para proporcionar conforto térmico aos animais, uma vez que esse sistema ajuda a controlar a umidade do ar.
Além disso, também se utiliza esse sistema em ambientes fechados, como estufas de hortaliças ou flores ornamentais.
Vantagens da microaspersão:
Desvantagens da microaspersão:
Na irrigação por gotejamento há uma tubulação em formato de fita com perfurações chamadas de gotejadores.
As fitas de gotejamento são posicionadas rente ao solo e muito próximas às raízes das plantas.
Este sistema é um dos mais eficientes por irrigar de forma localizada, o que colabora na diminuição das perdas. Além disso, é muito comum em áreas de cultivos que utilizam mulching.
Vantagens do gotejamento:
Desvantagens:
É o sistema de irrigação que tem o menor custo de implantação e manutenção.
Isso porque, o produtor precisa, basicamente, conduzir a água para onde deseja irrigar através da implantação de sulcos ou taipas.
Assim, a água irá chegar até o ponto desejado para infiltração através da gravidade e de como foi realizado o manejo do terreno.
Dessa forma, este sistema é muito utilizado para o cultivo do arroz e até mesmo da soja.
Vantagens do sulco camalhão:
Vantagens e desvantagens do sulco camalhão:
Em resumo, as mudanças climáticas e perdas de produtividade, em função de restrições hídricas, vêm se tornando desafios frequentes em muitas lavouras pelo Brasil. Assim, a irrigação acaba sendo uma alternativa economicamente viável para garantir os resultados econômicos da fazenda.
Além disso, diversos sistemas de irrigação podem ser utilizados para diferentes culturas de interesse agrícola, por isso, é essencial conhecer os tipos de irrigação e suas vantagens e desvantagens.
Além disso, é importante que produtores que queiram aderir a um destes sistemas busquem orientação técnica qualificada, para otimizar o uso do sistema na fazenda e consequentemente obter retorno econômico rápido do investimento.
Por fim, é importante lembrar, que a restrição hídrica também afeta os reservatórios de água, por isto, a tecnologia deve ser uma aliada para melhorar o aproveitamento da água nas culturas, sempre mirando o uso racional dos recursos hídricos!
Engenheira Agrônoma (UFFS), Mestra em Fitossanidade pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), com área de concentração fitopatologia. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) na área de sanidade vegetal e pós-colheita. Tem experiência nas áreas de fitopatologia, controle de doenças de plantas, grandes culturas, pós-colheita de grãos e sementes e agricultura de precisão.
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