A temperatura e a umidade do solo precisam estar adequadas para que a semeadura resulte em uma boa taxa de germinação e emergência das plantas
Na produção agrícola, sobretudo de grãos, um dos principais objetivos é obter uniformidade na emergência das plantas, pois, assim, é possível se ter uma ideia do potencial produtivo da lavoura.
Para haver a uniformidade, é preciso uma combinação entre os níveis de temperatura e da umidade do solo na semeadura. Isso porque, estes fatores influenciam diretamente no tempo de germinação.
É importante saber também a época certa do plantio da cultura e seguir as indicações técnicas dos fabricantes de sementes ou pesquisas científicas.
Da mesma forma, é essencial obter informações sobre o histórico climático da área de produção e monitorar a temperatura e umidade do solo diariamente, para reduzir riscos. Saiba mais detalhes neste artigo!
A germinação das sementes e emergência da planta depende de vários fatores, a exemplo da temperatura e umidade do solo na semeadura.
Por isso, a realização da semeadura é uma atividade que requer bastante atenção.
Antes de tudo, é importante que você consulte o Zarc (Zoneamento Agrícola de Risco Climático) da cultura que irá produzir.
O Zarc te dará informação, baseada em pesquisa científica, sobre a melhor época de semeadura, tanto em área de sequeiro quanto irrigada. Baixe o Zarc em seu celular.
Se você for cultivar grãos, como soja, milho ou trigo, as informações técnicas sobre a semente que utilizará devem ser consultadas junto ao fabricante.
Assim você saberá o potencial genético das sementes, formas de armazenamento, espaçamentos para a semeadura e tempo estimado de germinação.
Na semeadura, a umidade do solo será uma aliada no seu trabalho, pois a semente requer água para a sua embebição para que inicie a formação da plântula.
De acordo com pesquisadores, em área de sequeiro o ideal é que a semeadura seja feita logo após as primeiras chuvas, para pegar o solo úmido.
Não é recomendável fazer a semeadura em solo seco, à espera da chuva, pois, se não chover nos primeiros dias a plântula pode ter má formação ou morrer.
Em solo seco, a semente fica exposta ao ataque de fungos, e, mesmo que germine, a planta não resistirá por muito tempo.
Em plantios irrigados, a semeadura requer maior atenção quanto à época do ano, sobretudo de chuvas intensas.
Muita água no solo também prejudica as sementes, por conta da redução de oxigênio, sem o qual a planta não se desenvolve.
Assim, a umidade do solo deve ser monitorada e a irrigação controlada.
O desenvolvimento da semente também depende do tipo de solo em que ela foi semeada: se de textura arenosa, média ou argilosa.
Em solos de textura arenosa (de regiões mais quentes, como no Cerrado), o acúmulo de água é bem mais reduzido.
Por isso, é importante que você faça a semeadura sobre a palhada, no sistema do Plantio Direto. Com isso, fará com que o solo permaneça úmido por mais tempo, uma vez que a palhada é um impedimento físico à perda de umidade do solo.
Solos de textura mediana, por sua vez, podem oferecer boas condições de semeadura, desde que também estejam com boa umidade.
Em solos argilosos, característicos de regiões mais chuvosas, o risco de prejuízo na semeadura é menor. Nestas, o cuidado deve ser com a semeadura em épocas de intensas chuvas.
Além disso, independente do tipo de solo, é importante sempre realizar a sua análise para corrigir eventuais necessidades nutricionais ou acidez.
No solo, a qualidade da semente também influencia na germinação, já que o primeiro impulso de desenvolvimento deve vir da reserva de nutrientes da própria semente.
A semente precisa de fósforo (P) para fornecer a primeira energia e agir no seu transporte, além de magnésio (Mg) para a clorofila e a pressão negativa, para ter capacidade de absorver água. Os carboidratos também são essenciais para a absorção.
Uma semente requer de água o equivalente a 50% do seu peso para se desenvolver e deve estar numa profundidade entre 3 cm a 5 cm.
Importante também realizar alguns procedimentos antes de levar a semente a campo:
Além da umidade, a germinação da semente sofre grande influência da temperatura do solo, principalmente na semeadura.
De acordo com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a temperatura adequada para germinação e emergência da soja, por exemplo, é entre 20° a 30°C.
Já no milho, a temperatura ideal para germinação, ainda segundo a Embrapa, é entre 24°C e 30°C.
Temperaturas abaixo de 18° C podem provocar perda do potencial e vigor da semente, o que resultará em perda total ou baixa produtividade.
Já o trigo, tem condições de germinação ideais entre 15°C e 31°C.
A germinação da lavoura pode ser feita de forma mais eficiente com o monitoramento da temperatura e da umidade do solo, onde você pode utilizar um sensor de umidade.
Com esse aparelho, é possível obter informações sobre o nível de água no solo de sua fazenda. Além disso, outra outra ferramenta muito útil é o pluviômetro digital, por meio dele, é possível monitorar o volume de chuva e, com isso, realizar um manejo mais adequado da irrigação.
Assim, você terá um controle maior dos seus gastos com irrigação e da quantidade de água que está sendo enviada para a área de produção. Já o monitoramento climático, pode ser feito por meio do aplicativo da BoosterAgro.
A temperatura e a umidade do solo, como você viu neste artigo, possuem grande importância para o sucesso na germinação das sementes.
Assim, realizar o manejo correto nessa fase da produção é essencial para se ter uma boa produtividade.
Suas atividades de monitoramento em campo, da temperatura e umidade do solo, podem ser realizadas com soluções oferecidas pela Agrosmart e BoosteAgro.
Ao aliar tecnologia com as atividades em campo, a gestão da fazenda será feita de forma muito mais eficiente e as chances de obter bons rendimentos de produção serão muito maiores.
Jornalista e pós-graduado em Agricultura de Precisão.
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