Conheça mais sobre a técnica que evita a exaustão do solo e, ainda, permite aumentar as produtividades, a rotação de culturas!
O solo tem uma importância central na produção agrícola, pois, sem ele, não seria possível a agropecuária e, tampouco, haveria o agronegócio.
A monocultura, por sua vez, ganha grande destaque quando o assunto é produção em larga escala, isso porque, ela pode gerar margens satisfatórias à viabilidade do negócios agrícolas.
Mas você já parou para pensar o quão saudável está seu solo?
Suas produtividades costumam estar abaixo da média do mercado?
Sabe aquela nova planta daninha ou praga que surgiu recentemente e os defensivos agrícolas já não conseguem mais controlá-la como antes?
Pois bem, seu solo pode estar “exausto” (debilitado), e a rotação de culturas aparece, então, como uma ótima solução a esse problema!
Então continue a leitura e saiba mais!
A rotação de culturas é uma técnica agrícola que consiste em alternar de modo planejado o plantio de diferentes culturas numa mesma área, ao longo dos anos.
O principal objetivo dessa prática é a proteção e a conservação do solo, a fim de evitar sua exaustão, o que, por consequência, pode levar a ganhos de produtividades na lavoura.
Além disso, a rotação de culturas faz parte das boas práticas agrícolas, que são um conjunto de recomendações que visam garantir a qualidade dos alimentos e sua segurança.
A rotação de culturas possibilita que o sistema torne-se mais produtivo com o passar dos anos, pois ajuda na preservação da saúde do solo.
Dentre os principais benefícios desta técnica, podemos elencar:
No entanto, a rotação de culturas exige um horizonte de tempo maior que uma safra, por isso, planejá-la não é uma tarefa tão simples.
Assim, é importante mencionar alguns dos fatores limitantes que precisam ser avaliados pelo produtor junto a sua equipe ao realizar uma rotação de culturas em sua fazenda:
Primeiramente, é válido comentar que a rotação de culturas também tem como finalidade fins comerciais, além da proteção do solo.
A prática consiste no cultivo de 3 a 4 espécies, geralmente, em uma mesma safra, o que eleva o grau de complexidade das atividades, exigindo um cronograma de execução bem definido.
Assim, cada talhão deve ser analisado quanto à sua aptidão agrícola e suas viabilidades, tal como mecanização e as condições físicas, químicas e biológicas do solo.
Quando adotado o Sistema de Plantio Direto, é fundamental que a rotação de culturas disponha uma quantidade mínima de palhada na superfície do solo, nunca abaixo de 2 toneladas/ha, priorizando espécies de cobertura do solo nas áreas de maior degradação.
Além disso, vale destacar que, no caso da rotação entre milho e soja, as produtividades aumentam, quando comparados a sistemas de monocultivos.
O principal ponto para uma boa rotação de culturas é o planejamento!
Para isso, podemos utilizar a metodologia 5W2H:
Tendo essas 7 respostas claramente definidas, ficará mais fácil sua execução.
É interessante optar por espécies que possuam diferentes sistemas radiculares, como gramíneas (milho, trigo, aveia, cevada) e leguminosas (soja, feijão, crotalária), pois cada uma deixará algo positivo para a próxima cultura.
Isso porque, as gramíneas são eficientes na melhoria da estrutura do solo e controle da erosão, enquanto
que as leguminosas são capazes de fixar o nitrogênio atmosférico por meio de associações
com micro-organismos, o que pode reduzir os custos com adubações.
No cerrado brasileiro, principalmente, é comum a monocultura de soja (leguminosa). A longo prazo, ela pode acarretar em menores produtividades das lavouras devido ao desgaste excessivo do solo, o que também pode levar à danos na parte física e biológica do solo: com perda de biodiversidade de micoorganismos e estruturação.
Neste contexto, a a rotação de culturas com gramíneas (como milho e pastagens) permite restaurar tais características, aumentando a resiliência do sistema agrícola.
Não basta simplesmente plantar e pronto. É preciso, também, os devidos manejos agrícolas, desde a escolha de variedades adaptadas ao clima da região e a qualidade das sementes até a roçagem para incorporação da matéria seca, calagem e a adubação, quando necessárias.
De acordo com estudos feitos pela Embrapa Soja, para o sistema de rotação com as culturas comerciais, há preferências por plantas de cobertura.
A monocultura ou ainda sistemas de sucessão de culturas, como trigo-soja ou milho safrinha e soja, podem causar a degradação do solo ao longo do tempo, reduzindo a produtividade e a diversidade de microrganismos do solo.
Não há um modelo perfeito que atenda a todas as realidades, mas sim, sugestões que vêm sendo praticadas e dando resultados positivos aos agricultores, dentre as quais, para a soja destacam-se:
Conforme a Embrapa, a depender do objetivo desejado, algumas opções são:
Embora o retorno financeiro muitas vezes não seja imediato, a rotação de culturas é uma técnica capaz de conservar e melhorar as características do solo.
Além disso, ela também colabora para o aumento da produtividade média da lavoura e a redução de gastos com insumos agrícolas.
Cada espécie tem seu comportamento produtivo aliado às condições locais de solo e clima.
Por isso, o planejamento do ciclo produtivo deve ser feito com bastante atenção e cuidado.
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